Domínio Público

*Ciência *Tecnologia *Política

sexta-feira, novembro 24, 2006

Ciência da Computação no Ensino e no Mercado

Dia desses lá na ufam a professora Virgínia, lecionando Linguagens Formais e Autômatos , começou uma discussão em sala de aula sobre a Ciência da Computação (abrangendo na verdade toda a área de Tecnologia da Informação*) no Ensino e no mercado.

A questão era a necessidade prática de se estudar uma disciplina que não é fundamental para servir à necessidade do setor produtivo da economia, ou seja: o mercado, que absorve a maior parte do pessoal dessa área.

Um colega questionou o ensino dessa forma ao dizer que nenhuma oportunidade de estágio era oferecida a bons conhecedores de Matemática Discreta, por exemplo. E mesmo a profesora deu razão a ele no que tange a questão mercadológica. Mas, sendo pesquisadora, tinha de discordar. Mesmo bons desenvolvedores de software usam os mecanismos da lógica formal, dos autômatos, "por baixo" das compilações de linhas de código, seja lá qual for a Linguagem de Programação.

A computação, enquanto ciência propriamente dita, exige conhecimento dessas áreas. Sem isso, fica sendo um curso técnico, como um Engenheiro Eletricista desconhecer os princípios fundamentais da Eletricidade ou coisa parecida. Quase um "apertador de parafusos" altamente especializado.

Acontece que o Brasil é a periferia do capitalismo internacional. E o Amazonas é a periferia dessa periferia, o que traz reflexos importantes na produção científica. Comparemos a produção científica de países como EUA ou Inglaterra com o Brasil ou Chile...precisa dizer mais? Não é um reflexo apenas do tamanho demográfico, mas do investimento no setor. Como quase tudo nesse mundo, também é um debate político. Mesmo a maior parte do pessoal indo pro mercado, precisa-se sim estudar os pilares da Ciência da Computação.O contrário é ir na contra-mão do ensino superior de qualidade.

E a tendência hoje é justamente essa. É tranformar os países perfiféricos do capitalismo em provedores de mão de obra. Prova disso é que parte importante dos cientistas produzidos no Brasil acabam indo trabalhar fora por falta de investimento.

*Tecnologia da Informação abrange Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Sistemas de Informação e Processamento de Dados.

PS:Por favor, sem desmerecer as qualidades dos técnicos. Falo de coisas concretas, nada de ideologias.É uma questão de política educacional, não de medir inteligência de quem só fez o curso técnico.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Da série "Porque não ter filhos"

Eu gosto muito de criança...sou fascinado por elas. Mas se eu pegasse esses dois moleques fazendo isso em casa...acho que ia dar uma boa lição neles...de morte!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Crazy Kung Fu Diz-se que isso é o casting para filmes de artes marciais. Normalmente isso não é pra ser engraçado.Mas esses vídeo é muito hilário..;) hahahaha

segunda-feira, novembro 13, 2006

Agendas 2007

Neste ano, como já de hábito, o PSTU está vendendo agendas para o próximo ano. As capas podem ser visualizadas clicando
  • aqui
  • Isso é feito pra arrecadar fundos ao partido e manter a independência política em relação a qualquer governo ou setor empresarial. Nestas últimas eleições, por exemplo, os maiores doadores da campanha do PMDB, no Amazonas, foram as empresas do Pólo Industrial. Certamente não fizeram isso pelos belos olhos do Braga...

    sexta-feira, novembro 03, 2006

    "Cada povo tem o governo que merece"

    Início de 2003, III Fórum Social Mundial, Porto Alegre-RS. Foi uma de minhas primeiras atividades políticas de alguma importância, ao menos pra mim. Participar de um fórum internacional de debates políticos, ainda que tenha uma direção adaptada, pode ser muito proveitoso tanto politicamente como pessoalmente. Lembro de muitas coisas, mas depois dessas eleições, lembrei de uma discussão da qual participei em que o palestrante era o Zé Maria, figura pública nacional do PSTU.


    Na ocasião, Lula acabava de assumir o governo federal. O trabalhadores brasileiros eram só festa e esperança. "É um homem do povo", casei de ouvir. E nesse FSM o PSTU cansou de criticar o governo...mesmo sob duros olhares de quem nos via. Numa rápida passeata era fácil ouvir "Esse governo começou mal. Pôs burguês no Banco Central", fazendo um referência ao Henrique Meireles assumir o BC, sendo ele um puta representade de Wall Street, pelo BankBoston. Eu cheguei a ouvir algumas vaias e não eram apenas de petistas. Até mesmo a cega torcida pra "esse governo dar certo"era questionada. Afinal de contas, o que seria o gverno Lula "dar certo"? Era seguir os ditames do capital internacional? Se assim fosse, queríamos que desse errado, sim! E neste sentido parece que deu certo, muito certo.


    Se me lembro bem, o Zé Maria falava sobre os rumos do novo governo e falou, não nestes termos, da paciencia revolucionária. Seria a pior coisa, dizermos, futuramente "Viram só? Votaram nele. Agora aguentem!". E por futuramente, claro, leia-se hoje, depois desses anos de cortes no Orçamento, de escândalos de corrupção, alto superavit primário, tirar dinheiro dos aposentados, etc. "Temos que ter maior paciência do mundo".


    Nestas eleições lembrei do ditado popular que dá título a esse post. Mas é um ditado ligado ao senso comum, e, como não poderia deixar de ser, o senso comum de consciência reformista. Vejo agora jovens universitários falando da nossa ignorância em eleger esses caras, como se pudéssemos mudar tudo votando nas pessoas certas. Então a culpa de tudo isso é do eleitorado. Só esquecem de dizer como seriam essas pessoas certas. Quem concorda com esse ditado desconhece a maior das leis de nossa sociedade, a luta de classes.


    Aparentemente nem teríamos o que dizer, pela votação ocorrida, já que o PT ganhou com boa diferença do PSDB. Mas não é bem assim porque quem votou no PT hoje não votou da mesma forma que 2002. Quero é ver se a posse do novo mandato vai ter aquela multidão festejando o tão sonhado "projeto mudancista", como diz o PCdoB.

     
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