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quinta-feira, março 13, 2008

Os últimos veteranos da Primeira Guerra Mundial

No período de 1914-1918 aconteceu umas das maiores guerras da História, com 9,3 milhões de soldados mortos. Uma carnificina sem precedentes, superada pela Segunda Guerra, cerca de vinte anos depois.

Aconteceu há tanto tempo que parece difícil acreditar que ainda haja sobreviventes. Mas há alguns espalhados pelo mundo, e um deles, de 110 anos, acaba de morrer, ontem, na periferia de Paris.Seu funeral vai ter homenagens de Estado, em alusão aos outros mortos e no mesmo local onde estão, entre outras personalidades, Napoleão Bonaparte.

Italiano de nascença, Lazare Ponticelli, lutou pela França com apenas 16 anos de idade,na Legião Estrangeira, passando-se por mais velho. Naturalizou-se francês em 1939.

Erich Kaestner, aos 107 anos, possivelmente o último veterano alemão do conflito, também morreu. O mais velho sobrevivente de que se tem notícia é o britânico Henry Allingham, que está com 111 anos. O que viveu mais tempo e morreu em janeiro do ano passado, aos 115, foi o porto-riquenho Emiliano Mercado del Toro.

A Primeira Guerra mundial começou sob o pretexto do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, e sua esposa foram assassinados pelo sérvio Gavrilo Princip. Mas o real motivo do conflito foi uma disputa entre as burguesias nacionais de diferentes países europeus, numa época em que o sentimento nacionalista era bem forte e muito usado para recrutar soldados.

Essa divisão internacional entre as burguesias nacionais marca o fim da fase de ouro, de ascenso do capitalismo e o início de outra época, que Lênin chamou imperialismo, termo usado até hoje pela esquerda. Essa fase se caracteriza por disputas entre frações burguesas que em determinadas situações podem gerar sérios conflitos armados. A Segunda Guerra, nesse sentido, não foi tão diferente.

Uma curiosidade é um blog chamado WW1: Experiences of an English Soldier, uma compilação de cartas de guerra escritas por um soldado britânico. As cartas são postadas pelo seu neto, e são publicadas como se os eventos descritos estivessem ocorrendo atualmente. O destino do soldado William Henry Bonser Lamin é incerto e só será revelado no momento apropriado pelo blogueiro. Muito interessante, há até trechos de cartas que infelizmente foram, na época, censuradas pelo Exército Inglês, sobre muitas baixas em seu regimento, e descrições das batalhas em que William participou pessoalmente.

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