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sexta-feira, dezembro 29, 2006

Um genocida a menos

Depois de um novo jejum aqui, volto a postar. Aconteceu muita coisa desde a última:
-Chegou e passou o natal. O centro de Manaus nesses dias tava um caos. Incrível como as pessoas realmente acham que têm de dar a porra de presente. Tudo bem que ganhei uma parada também, mas não precisava.
-Pinochet morreu. Um genocida escroto que morreu muito tarde e não foi punido. Deixou um legado pro Chile e América Latina.
-Esses dias têm sido ruins por causa da minha dor nas costas.
-Tô saindo um pouco mais pra noite e tomando gosto pela putaria.Melhor ir com calma.
De tudo isso, o mais relevante foi o fim de Pinochet. Foi o dirigente de uma das piores ditaduras da América Latina, que derrubou Salvador Allende em 1973. Não vou aqui tentar teorizar sobre a natureza do governo Allende e o porquê isso consiste numa prova real do fracasso da "via pacífica" para o socialismo. Prefiro focar na política econômica desse governo militar, sua violência e relações com os atuais líderes da América Latina.

Também morreu recentemente Milton Friedman, um dos quadros mais importantes do neoliberalismo. Foi conselheiro de Pinochet e o ajudou a implantar o que seria regra nos dias de hoje também no Brasil: abertura das economias, desregulamentação do câmbio, privatizações, desmonte do Estado, etc.

Quando Pinochet morreu, vi uma reportagem no jornal da globo. Noticiam a morte dele, mas reivindicam seu legado econômico. Elogiam o suposto crescimento/desenvolvimento do Chile, que aliás é levado a cabo pela "esquerda" de hoje, que segundo a matéria da globo "aprenderam com o tempo, aceitaram a chamada 'democracia burguesa'". A atual presidente do Chile, torturada pelo regime militar, segue essa política econômica, que só teve sucesso com uma repressão aos sindicatos, criminalização dos partidos de esquerda e mortes de milhares de pessoas. Esse é o legado de Pinochet, sua política econômica em plena vigência e seus aliados que permancem vivos e impunes. Isso mostra que uma ditadura militar sempre pode voltar. Basta que a conjuntura a favoreça e a burguesia julgue ser necessária.

Recebi através de uma lista de e-mail, uma pequena lembrança a Victor Jarra, um jovem músico chileno que em 1973, aos vinte e poucos anos, estava preso no estádio que virou centro de prisões, tortura e execuções. Sentado junto a muitos outros, carregava seu violão e começou a tocar uma composição própria. Diz-se que seria uma letra de protesto. Os militares o mandaram parar e ele insistiu. Foi arrastado até um canto do estádio e com um facão cortaram-lhe os punhos. Os gritos de um Jarra sem mãos ecoaram pelo estádio até um tiro na cabeça o calar.

domingo, dezembro 03, 2006

Desciclopédia

Pra quem não quer perder tempo aprendendo, valhe consultar a Descicopedia, uma sátira da wikipedia. O legal é que não pertence a ninguém, pode ser melhorada com a ajuda de qualquer desocupado.

Dá pra se divertir pesquisando alguns verbetes como "Cavaleiros do Zodíaco".

sábado, dezembro 02, 2006

No comments?

Reconfigurei esse blog pra aceitar comentários de não cadastrados. Agora, o pessoal que entra aqui pode escrever aqui mesmo ao invés do meu perfil de orkut..;) E estamos em dezembro...outra hora escrevo sobre o natal e esse espírito natalino que pega geral...argh.
 
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